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quinta-feira, 23 de maio de 2013

Biografia Carlos Drummond de Andrade


BIOGRAFIA


        Drummond nasceu em Itabira, uma pequena cidade de Minas Gerais , no dia 31 de Outubro de 1902. Seu pai chamava-se Carlos De Paula Andrade e sua mãe Julieta Augusta Drummond De Andrade.
        Ainda Rapazinho já participava das reuniões do Grêmio Dramático e Literário Artur de Azevedo. Lá, ele recebe os primeiros convites para realizar conferências – um menino de 13 anos fazendo palestras sobre arte, literatura.
       Aos 14 anos, Drummond vai para um internato em Belo Horizonte. No colégio Arnaldo, da Congregação do Verbo Divino, ele não termina o segundo período escolar porque, adoentado, é obrigado a voltar para Itabira. Para não perder o ano escolar, Carlos começa a ter aulas particulares. Muitas descobertas.
      No ano seguinte, Em 1918, já restabelecido, Drummond novamente é matriculado num colégio interno – O Anchieta, da Companhia de Jesus, na cidade de Nova Friburgo, onde seu talento com a palavra vai ficando cada dia mais evidente. Seu irmão Altivo, percebendo que seu irmão precisava ser incentivado, publica o poema em prosa “Onda” num jornalzinho de Itabira, Maio. É o início. Aos 17 anos, Drummond se desentende com seu professor de português, exatamente ele, que por sua maestria, era chamado de “general”. A consequência desse incidente é a expulsão do colégio ao término do ano escolar de 1919.
     Durante os anos de internato, Drummond descobre que Itabira era sua: a terra era livre – seu quarto, infinito. Tristeza, saudades, solidão e rebeldia marcaram este período.
     E chegada a hora negra de estudar. / Hora de viajar / rumo à sabedoria do colégio. / Além, muito além de mato e serra / fica o internato sem doçura. [....] O colchão diferente. / O despertar em série ( nunca mais acordo individualmente, soberano). / A fisionomia indecifrável / dos padres professores. / Até o céu diferente: céu de exílio.

                                 ( trecho da poesia “ Fim da casa paterna” )


    Comportei-me mal, / perdi o domingo. / posso saber tudo / das ciências todas, / dar quinau em aula, / espantar a sábios / professores mil: / comportei-me mal / não saio domingo.

                                 ( trecho da poesia “A norma e o domingo” ) 
                                                     
        No ano de 1920, a família Drummond transfere-se para Belo Horizonte, a ida para a capital mineira abre novas portas para o adolescente, seus primeiros trabalhos começam a ser publicados no Diário de Minas, na seção “Sociais”, e ele se aproxima de escritores e políticos mineiros na livraria Alves e no café Estrela. Dois anos depois, recebe um prêmio de 50 mil réis pelo conto “Joaquim do Telhado” e publica seus trabalhos na capital federal, no Rio de Janeiro. Em 1923, matricula-se na Escola de Odontologia e Farmácia de Belo Horizonte, o poeta jamais irá exercer a profissão de farmacêutico.
        Ainda estudante, em 1925, Carlos Drummond se casa com Dolores Dutra de Morais e, formado, retorna a Itabira com a esposa e leciona Geografia e Português no Ginásio Sul-Americano. No ano seguinte, recebe convite para trabalhar no jornal Diário de Minas como redator e decide retornar a Belo Horizonte.
        Em 1928, seu poema “No meio do Caminho” é publicado em São Paulo, na Revista Antropofagia e se transforma num escândalo literário. Neste ano nasce sua filha Maria Julieta, e o poeta vai trabalhar na Secretaria de Educação de Minas Gerais. Dessa data em diante, ocupa vários cargos ligados ás áreas de educação e cultura dos governos de Minas e Federal, trabalha nos principais jornais e vai para a editora  Record em 1982 – seus textos são traduzidos e lidos em diferentes países.
       No dia 5 de agosto de 1987 morre sua filha Julieta; 12 dias depois, a 17 de agosto, falece o poeta.
Há um melhor caminho para conhecer Carlos Drummond de Andrade: a leitura de suas poesias, crônicas e contos.      



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